(...)
Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.
Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.
Descalças! Nas descargas de carvão,
Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;
E apinham-se num bairro aonde miam gatas,
E o peixe podre gera os focos de infecção!
(...)
Cesário Verde, O Sentimento de um Ocidental
De Anónimo a 2 de Abril de 2004 às 13:04
Fez-nos bem ouvir isso em dia tão cinzento (e ela há-de ter de comprar esse livro, parece-me...)
beijo, LE.jade
</a>
(mailto:jade@iol.pt)
De Anónimo a 1 de Abril de 2004 às 23:14
"A coisa mais estranha é que eu não posso
viver sem um gato. De um cão nunca me
tornarei escravo, mas de um gato é outra coisa,
não é um animal. Um gato encontrado
surge-me sempre como dono de um
destino."
Paul Klee
José Jorge Letria, "O Livro dos Gatoas", Lisboa, Univ. EditoraLE.
(http://oceanus-occidentalis.weblog.com.pt)
(mailto:oceanus-occidentalis@sapo.pt)
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